Select Page

MAR VERMELHO E MAR AZUL

MARILENA LINO DE ALMEIDA LAVORATO

18/05/2017

blue-ocean-strategySe a sustentabilidade com seus fundamentos e diretrizes apontam soluções que representam uma ruptura com os velhos moldes de pensar e agir das organizações (e pessoas), então  temos que resgatar a estratégia do “mar vermelho” e “mar azul”  dos autores W. Chan Kim e Renée Mauborgne  do livro A Estratégia do Oceano Azul.

Nesta obra, seus autores destacam que em se tratando de estratégias de mercado, o pensamento convencional e resistente não é  o melhor dos mundos, pelo contrário. Quando perdemos nossa curiosidade, perdemos junto a capacidade para olhar ao nosso redor, e navegar em novos oceanos (mercados).

No livro, os autores ilustram este pensamento da seguinte forma “mar vermelho” é onde a maioria das organizações se encontram brigando por um lugar ao sol, dividindo comida e espaço.  Já o “mar azul” é límpido e inexplorado, sem grandes perigos, com muita comida, espaço e a espera de seu desbravador . Resumo: ao invés da luta sangrenta no “oceano vermelho” da competição nos moldes conhecidos, porque não novos pensamentos e estratégias para desbravar “oceanos azuis” de espaços inexplorados de mercado.

A sustentabilidade é o mar azul que nem todos viram ainda porque estão muito ocupados com o mar vermelho. Não entendem que o mar vermelho ficará cada vez mais vermelho para quem resiste em reconhecer os benefícios e avanços da sustentabilidade.

A travessia do “velho modus operandi” para o “novo modus operandi” da sustentabilidade já iniciou

A migração do “velho modus operandi” para o “novo modus operandi” da sustentabilidade já iniciou. Organizações que tratam a sustentabilidade como uma nova fronteira de inovação colhem frutos e inspiram outras na mesma direção. Isto sem falar das organizações que surgiram para atender demanda específicas com atividades fins em sustentabilidade – produção de energia renovável, reciclagem de resíduos, redução das emissões, alimentos orgânicos, entre outros. O Programa Benchmarking Brasil do alto de seus quase 15 anos está aí para comprovar esta tendência.

Mas é certo que ainda existem um grande número de organizações que insistem em continuar no mar vermelho e não reconhecer as oportunidades do mar azul.  Em algum momento, parte delas acordarão. Outras talvez não tenham a mesma sorte e tempo.

Marilena Lino de Almeida Lavorato é ambientalista, Fundadora do Instituto MAIS de Cultura da Sustentabilidade, e idealizadora do Programa Benchmarking Brasil de certificação de boas práticas socioambientais