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SUSTENTABILIDADE SELETIVA

MARILENA LINO DE ALMEIDA LAVORATO

21/03/2017

Não se cogita mais a hipótese do isolamento nas sociedades sustentáveis.  Assim como o aquecimento é global, a responsabilidade de combatê-lo também o é.  Este e outros temas que impactam a vida das pessoas e do planeta estão cada dia mais presente na pauta de interesse comum.

Desde de outubro de 2015 a  agenda ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU está sendo implementada com seus 17 objetivos para serem atingidos até 2030.  E, dentro deste contexto, as organizações desempenham papel fundamental. Assim como os pesquisadores, consultores, especialistas e lideranças são fundamentais na construção do conhecimento, as organizações são essenciais para colocá-los em prática.

Organizações são lideranças ativas na construção de sociedades sustentáveis

A sustentabilidade é seletiva, e nada superficial.  Tem visão sistêmica, lógica e coerência, para premiar o bom e punir o mal com a mesma disposição. E desta forma, avançar no desenvolvimento das melhores práticas.  Quem assim age está contribuindo com a construção de sociedades sustentáveis. Seja pessoa física ou pessoa jurídica, está participando do processo e deixando seu legado. Somos frutos das práticas do nosso tempo, e serão elas o legado para as gerações futuras. Mas também existe o legado “vazio” da retórica sem práticas. Este é o legado danoso que impede avanços na direção do futuro desejável. Sociedades sustentáveis serão construídas por práticas que definem a direção do nosso caminho enquanto humanidade. E dentro deste contexto, as organizações são determinantes para acelerar este processo de up grade das sociedades nas quais estão inseridas. Devem assumir e praticar cidadania corporativa muito além do seu core business (produzir este ou aquele produto ou serviço),  mas se apropriar da sua condição de responsável por interferências significativas na vida de pessoas e povos, na proporção de seus tentáculos geoeconômicos.

A sustentabilidade é seletiva, e nada superficial

O Programa Benchmarking Brasil alinhado com os ODS se tornou um efetivo movimento de valorização e de incentivo as boas práticas junto a organizações e sociedade. Mobiliza diferentes públicos nesta causa, a começar pelas empresas que assumem seu papel de liderança na construção de sociedades sustentáveis.

Excelência, inteligência, e inovação são características próprias de modelos sustentáveis, e também presentes nos cases Benchmarking que são selecionados por especialistas de vários países. A metodologia de avaliação é reconhecida pela ABNT e os cases certificados Benchmarking (aqueles que atingem score para isto) são compartilhados em eventos e publicações especializadas (Fóruns, Seminários, Livros, Revistas e Bancos Digitais). Empresas e gestores com boas práticas podem inscrever seus cases para serem certificados até 31 de Março.

Marilena Lino de Almeida Lavorato é ambientalista, Fundadora do Instituto MAIS de Cultura da Sustentabilidade, e idealizadora do Programa Benchmarking Brasil de certificação de boas práticas socioambientais